Hypnos
Mitologia Grega

Hypnos



Hypnos, filho de Nix - a noite e Erubus - a escuridão, era o deus grego do sono e da sonolência; e seu equivalente romano era Somnus. Era irmão gêmeo de Thanatus, o deus da morte. Hypnos seria o responsável pelo descanso restaurador de todas as criaturas terrestres, enquanto Thanatus pairava sobre a superfície.

Hypnos se uniu a uma das Graças ou Cárites, Pasítea, e com ela teve mil filhos, os Oneiroi ou Oniros. De todos eles, três eram responsáveis por distribuir os sonhos a quem dormia; e uma filha distribuia os sonhos aos acordados:

* Ícelus - criador dos pesadelos;
* Morpheus - criador dos sonhos;
* Phantasos e Phobetor - criador dos objetos inanimados que aparecem nos sonhos;
* A Phantasia, era a única filha, criadora dos monstros e devaneios.

Às vezes mostrado adormecido em um leito de penas com cortinas negras à volta, seus atributos incluiam um chifre contendo ópio, um talo de papoula e outras plantas hipnóticas, um ramo gotejando água do rio Lete - do esquecimento - e uma tocha invertida.Costumava ser visto trajando peças douradas enquanto seu irmão gêmeo, Tânatos - a morte, normalmente usava tons prateados. Também foi retratado como um jovem nu dotado de asas, tocando flauta com a qual adormecia os homens, com um rastro de névoa por onde passava.

Hypnos vivia num palácio construído dentro de uma grande caverna no oeste distante, onde o sol nunca alcançava, para que nenhum galo cantasse e acordasse o mundo, nem gansos ou cães, de modo que Hypnos viveu sempre em tranquilidade, em paz e em silêncio.

Do outro lado deste lugar peculiar passava Lete, o rio do esquecimento, e nas margens, cresciam plantas que junto ao murmúrio das águas límpidas do rio ajudavam os homens a dormir. No meio do palácio existia uma bela cama, cercada por cortinas pretas onde Hipnos descansava, e Morpheus, seu filho e principal auxiliar, cuidava para que ninguém o acordasse.

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De Hypnos provem a hipnose, um estado alterado e temporário de atenção, que pode ser induzido, possibilitando fenêmenos espontâneos como em resposta a estímulos verbais ou de outra natureza, como toques ou sons. Segundo especialistas, a hipnose provém de uma forma intensa de pensar, com conseqüências no corpo e na atividade neural. Como o cérebro não distingue atenção concentrada e a realidade, o corpo responde como se a experiência fosse real. Na prática, significa entrar em contato direto com as emoções; é como abrir uma janela para estabelecer um diálogo com o inconsciente.

A hipnose é tão antiga quanto o próprio homem. Os egípcios, os romanos e os astecas já utilizavam a técnica no tratamento de doentes. Para os ocidentais, a hipnose moderna começou com o médico alemão Franz Anton Mesmer, no século 18, com o mesmerismo. Mas as maiores descobertas aconteceram na segunda metade do século 19, graças aos trabalhos de clínicos como Charcot, Liebeault e Bernheim. A hipnose foi o ponto de partida de Freud e dos primeiros psicanalistas.

Durante muito tempo se confundia a hipnose com o sono, devido ao relaxamento físico enquanto a pessoa está em transe. O transe hipnótico é, na verdade, um estado de consciência alterado, mas simultâneo a um estado natural; se quiser, a pessoa se lembra de tudo o que acontece à sua volta durante uma sessão.

A hipnose tem aplicações úteis para diagnósticos e tratamentos, como na psicologia os registros de pânico, fobia, transtornos e depressão. Na medicina e odontologia, como auxiliar de pré-operatório, controle de dores, distúrbios psicossomáticos, ou doenças de fundo emocional, como em casos de alergia, asma, gastrite e até câncer.
Pode encurtar os tratamentos, sendo eficaz aos pacientes que não podem tomar anestésicos.

A seriedade do método é aprovada pelos conselhos federais de psicologia, medicina e odontologia, que regulamentam o uso da hipnose como recurso terapêutico, que já é utilizado em muitos hospitais. A maioria das pessoas são aptas a entrar em transe, através da atenção concentrada numa música ou numa imagem, mas nem todos tem essa capacidade de atenção concentrada, impedindo seu uso.


DISTÚRBIOS QUE PODEM SER TRATADOS COM HIPNOSE

Anorexia nervosa, Ansiedade, Asma, Bulimia, Dependência de drogas, álcool e cigarros, Depressão, Dificuldades de aprendizagem, Distúrbios sexuais, Dores, Fobia social, Gagueira, Insônia, Obesidade, Síndrome do pânico, Sonambulismo, Stress e Stress pós-traumático, Timidez, Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC).

Quando a pessoa também se concentra fixamente em algo, acontece essa espécie de transe leve, como se a pessoa entrasse no piloto automático. Isso é favorável para ir ao dentista, tomar uma injeção. Mas não são indicados para pessoas em surto psicótico, pois já estão alterados; e nem para pacientes cardíacos e hipertensos pois o estado alterado podem produzir fortes emoções que mais prejudicam do que beneficiam.

A pessoa hipnotizada permanece constantemente dona de si, não diz ou faz coisas que não diria nem faria em estado de vigília. Não há perigo de confessar segredos sem querer. O hipnoterapeuta não domina a mente do paciente. Ele é apenas um facilitador e a pessoa não se corre o risco de permanecer em transe para sempre. Se a pessoa mergulhar em uma experiência agradável ou em um estágio mais profundo, pode permanecer por mais tempo mas simplesmente por sua vontade.

A hipnose não é regressão a vidas passadas. A técnica é um fenômeno meramente psíquico, ou seja, um estado especial da mente que possibilita ações terapêuticas.





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